sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Fogão a lenha! Oh, raios!

       



           Quando eu era criança, na minha casa havia um desses! E não vou dizer: quem teve, compartilha, porque isso é muito chato, né? Nem vou dizer da nostalgia que a imagem me traz, porque, na verdade, não havia nada de romântico naquele velho fogão à lenha.
          Eram tempos difíceis: imagine só o trabalho que dava procurar a lenha adequada, cortá-la com o machado, estocá-la, correndo o risco de junto, estocar alguns insetos peçonhentos, e a demora no cozimento.
          Acho que até os céus, entenderam que aquilo não era assim tão bom, pois num dia de muita chuva, de ventos, raios e trovões, coisas que apavoravam a minha mãe, um raio desceu pela chaminé e atingiu a mim e a minha irmã Elisabete, jogando-nos com violência contra a parede e fazendo-nos cair em cima do carrinho onde dormia a Ruth, ainda bebê!
          Por arranjo divino, no fogão não haviam brasas, apenas cinzas. A chaminé rachou de cima a baixo e o fogão trincou inteiro, e nós todas ficamos acinzentadas, literalmente. Deve derivar daí a nossa "inefável" inteligência (kkkkkk...) e uma certa aversão às "coisas de sítio!"
          Prefiro a tecnologia!

Nenhum comentário:

Postar um comentário