sábado, 1 de outubro de 2011

VAGAS DE EMPREGO

Por Miriam NIT


Hoje, vasculhando a internet, deparei-me com um anúncio num desses sites bem conceituados de recolocação profissional.

PROFESSOR:
Salário: R$ 1.187,97
Carga: 40 horas semanais
Benefícios: gratificações, vale-alimentação (R$ 2,18 por dia trabalhado) e vale transporte (pra cobrir ¼ dos dias trabalhados)
Exigência: Licenciatura (4 anos)
Descrição da atividade: Ensinar crianças e jovens em todas as faixas etárias (Educação Infantil, Fundamental e Médio)

AUXILIAR DE LIMPEZA:
Salário: R$ 920,00
Carga: 40 horas semanais
Benefícios: assistência médica, medicina em grupo, assistência odontológica, participação nos lucros, seguro de vida em grupo, tíquete-alimentação, vale-transporte.
Exigência: ensino fundamental.
Descrição da atividade: execução de limpeza em empresa e organização do material de limpeza.

Não estou menosprezando as auxiliares de limpeza, mas indignada com o menosprezo dos governos – junte todos os partidos, bata no liquidificador e você não conseguirá meio copo de gente séria, honesta e competente – e com a ausência de ações pra melhorar a educação neste país e os salários dos professores.  

Lembrei-me, então que o nosso glorioso Supremo Tribunal Federal, em abril deste ano, considerou constitucional a fixação do piso salarial para professores da rede pública de ensino: R$ 1.187,97. Pra receber esse salário miserável é preciso pelo menos uma licenciatura, equivalente a quatro anos de faculdade – a maioria tem duas e muitos são pós graduados, mestres ou doutores.

Eles não tem assistência médica, odontológica, jurídica ou seguro de vida. Participação nos lucros? Ora, não há lucro, diz o Estado, “é a nossa obrigação”!

Ontem, na sala de aula, um aluno me fez uma pergunta difícil.

- Para quê estudar, professora? Para trabalhar como você e ganhar que nem minha mãe que é quase analfabeta? Minha mãe “trabaia” numa fábrica varrendo o chão e ninguém manda ela tomar no **, não!

Para ganhar “milão” é melhor varrer o chão!

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Educação de eme-e-mer-d-a-da!

A instabilidade, a vulnerabilidade e a transitoriedade na Educação se dá exatamente porque a nossa política educacional é pobre, desnorteada, sem metas, sem objetivos e traçada por políticos tão ou mais absurdamente indoutos quanto o mais analfabeto dos seres que habita o nosso extenso país.

Isso é uma vergonha nacional e internacional!
Por semanas, a Revista Veja tem trazido em  suas páginas aquilo que é o resultado do que temos feito, enquanto educadores, em nosso cotidiano:  a colocação desastrosa dos alunos do Brasil no PISA, no ENEM, no SAEB, no SARESP e em tantos outros mecanismos de avaliação e a derrocada da educação.
O fim é sempre o mesmo: não chegamos nem aos pés dos resultados de países desenvolvidos. No mundo globalizado, a nossa posição é nada. Nossos alunos NUNCA poderão competir de igual para igual com um chinês, um sul coreano, um irlandês, um cingapurense, um estadunidense, um inglês, um sueco. E não venham me dizer que é por causa do dinheiro ou  que escola particular é diferente.
É absurdo o valor gasto em educação! E digo: é gasto com muita gente que não quer ser educada, que não quer aprender. Pagamos a conta de gente desleal, que finge que aprende e de alguns outros desleais, que fingem que ensinam.
Fazemos isso não porque concordamos, mas porque nos cobram posições e atitudes que sigam “a cartilha que vem de cima”, do alto escalão do governo, dos pensadores de plantão, dos teóricos de botequim. Muitas vezes não concordamos, mas acatamos, como bons funcionários estaduais que somos.
Somos eficientes, mas não somos eficazes.
Quando tivermos a coragem de olhar para um PCN que diz que “Corrigir um aluno que pronuncia erroneamente uma palavra em Português é Preconceito Lingüístico”, e acharmos que essa forma de pensar é uma merda e que vai contra tudo o que chamamos de “educação”, quando jogarmos fora uma bosta de livro didático impresso pelo governo federal que afirma estar correta a frase “Nós foi pescar os peixe” e nos recusarmos a participar de tal absurdo e de tantos outros, então, talvez nós passemos de um estágio de uma pseudo-eficiência para uma pré-eficácia.
Poderá ser este um começo, mas fica a pergunta: temos mesmo coragem de dizer que tudo isso é uma merda?

terça-feira, 21 de junho de 2011

Kefir pode adoecer e morrer?

Ainda não se sabe por que, mas algumas vezes o kefir passa a apresentar um odor desagradável, semelhante a algo que esteja apodrecido. O sabor também fica alterado passando ao de um iogurte natural ao amargo.
A fermentação já não ocorre mais e  isso pode indicar que os grãos estão em estado de putrefação.
Neste momento, o iogurte obtido a partir desses grãos já não deve ser ingerido.
O que pode ser feito então, para tentar recuperá-los?
O que eu sugiro é uma lavagem com água mineral que deve ser feita da seguinte forma:
Lave bem os grãos de kefir com água mineral (sem cloro). Coloque-os em um
recipiente de vidro e cubra com a água mineral em quantidade proporcional ao leite que era colocado para a fermentação. Acrescente duas colheres de sopa de açúcar comum, mexa  bem e reserve.
            Deixe essa mistura descansar por 24 horas.
            Repita o procedimento por mais duas vezes.
            Após o último descanso de 24 horas, lave bem o kefir com  água mineral  e coloque o leite para ser fermentado de acordo com os seus hábitos.
            Muito provavelmente, você obterá novamente grãos fortes e viçosos, prontos a lhe oferecer o melhor te todos os iogurtes de kefir que você já saboreou.
            Mas, se  ainda assim, seu kefir não fermentar mais, mantiver o sabor amargo ou o odor desagradável, sinto muito, você o perdeu!

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Como utilizar o kefir?

O que eu gosto mesmo é de tomar ele assim: o iogurte de kefir  puro, só adoçado com  um pouco de açúcar, mas existem outras inúmeras formas de utilizá-lo.
            Depois de coado, o iogurte de kefir pode ser adoçado com mel, açúcar ou adoçante. Pode ser ingerido puro ou misturado a sucos ou pedaços de frutas,  granola,  cereais ou ainda como substituto do iogurte natural industrializado em receitas de pães, bolos, tortas e doces em geral, porém, se você não tiver sempre frutas frescas para fazer suco ou uma pequena salada de frutas, vale essa dica:

            Calda de frutas para ser utilizada junto com o kefir:

            Ingredientes:
            -01 pacote de polpa de fruta congelada (200g) – pode ser de framboesa, morango, frutas vermelhas ou outra qualquer;
            -01 xícara de chá de açúcar.

            Modo de fazer:
            Misture os dois ingredientes e leve ao fogo até levantar fervura. Cozinhe por cerca de um minuto. Desligue o fogo e deixe esfriar. Utilize misturado ao seu iogurte de kefir. 

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Educação coletiva!

          Educação se faz com a participação de todos. O trabalho coletivo é essencial, porém muitas vezes mal atendido em todos os seus aspectos. Como imaginar  a Educação sem a participação conjunta do Estado, da comunidade, da família, dos professores, da equipe gestora, dos funcionários, dos pais  e dos próprios alunos?
          Cada um depende do outro, do trabalho e da integração do outro. Não há como cada um desenvolver-se individualmente.
          O que ocorre, porém, é que o envolvimento eficiente de cada área da Educação é falho e o resultado é o que temos visto rotineiramente: ensino e gestão deficientes, metodologias que não promovem resultados positivos e sociedade à mercê de uma geração de analfabetos lingüísticos  e sociais.
          Podemos, enquanto educadores, promover o melhor ensino, organizar os métodos, desenvolvê-los, interagir com colegas  e disciplinas, mas não obteremos resultados se os outros participantes do Sistema Educacional não fizerem a sua parte.  Basta olhar o caos da Educação no nosso país para vermos o resultado dessa política comportamental.
          Parece-me muito lindo, romântico e  colorido de tons pastéis falar de rotina, organização do trabalho e do tempo, trabalho coletivo, projetos, interdisciplinaridade, participação dos pais e da sociedade, ludicidade e atividades pedagogicamente  corretas.
          Ninguém, porém, fala de palavras tão importantes quanto estas: metas, planejamento e disciplina.
          Nenhum método, trabalho coletivo e pedagogia correta funcionarão se não tivermos a meta de formar cidadãos conhecedores das ciências. Para isso, teremos que deixar de lado, por exemplo,  demagogias que promovem o não constrangimento por notas baixas.
          Teremos que planejar o caminho, provavelmente o tradicional, que sabemos, chegará ao destino e teremos que ter disciplina. Disciplina rígida, do tipo militar, de bater continência, senão, com certeza, não chegaremos ao objetivo final.
          Aos que não quiserem, que fiquem à nossa margem!

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Mineiros Brasileiros no Chile?




Durante a vasta exposição na mídia , em 2010, sobre a tragédia dos mineiros chilenos que ficaram presos após uma explosão na mina de carvão em que trabalhavam, uma amiga minha ficou muito inquieta e preocupada.
Sua mãe, percebendo sua situação, quis logo saber o que houve.
-Ah, mãe... coitados... são todos brasileiros... Como estarão suas famílias, vendo essa situação daqui, tão distantes?
A mãe, sem entender direito a razão daquele comentário, questiona, estupefata;
-Como assim, Carol? Brasileiros?
-Ué, não são todos “mineiros”?

Começa com "Ca"!

Meu sobrinho quando pequeno, com quatro anos, entediado de ficar o dia inteiro dentro do apartamento, inventava brincadeiras todo o tempo. E queria companhia.
Numa dessas vezes, solicitou a presença do tio Marquinhos.
-Vamos brincar, tio?
-Do que?
-De adivinhar “que animal é esse”!
            Ele se referia a um pacote de miniaturas plásticas de todos os tipos  de animais. A brincadeira consistia em vendar os olhos do concorrente, colocar uma daquelas miniaturas nas suas mãos para que o mesmo adivinhasse de qual animal se tratava.
            -Claro, vamos sim, assentiu o tio.
            O jogo seguiu leve e solto até que, após colocar o pequeno objeto na mão do tio e percebendo a sua dificuldade em definir de qual animal se tratava, o pequeno, solícito, deu a dica:
            -É fácil, tio. Começa com “Ca”!
            -Ah, é? Cachorro?
            -Não!
            -Camelo?
-Não!
-Cavalo?
-Não, tio!
-O que é então, Guilherme?
Mais do que depressa, respondeu, maneando a cabeça negativamente:
            -“Ca-ca-lu-ga”!


quinta-feira, 5 de maio de 2011

Vale-alimentação: ganhei uma fortuna!

                              Está quase na hora do almoço, o frio está terrível e eu estou com uma fome daquelas!
                              Mais do que rapidamente, pensei logo em gastar o rico dinheirinho que o Estado deposita em minha conta referente ao vale-alimentação, já que sou professora. (Olha só que profissão legal fui arranjar! )
                              Estava pensando num bom prato de uma comida bem gostosinha para esse dia. Coisa simples,  com gosto de mãe: talvez um pouco de arroz, feijão, macarrão, bife, um legume refogado e uma salada. Nada sofisticado. Algo que deve custar, sem uma bebida para acompanhar, qualquer coisa em torno de R$ 11,00 ou no câmbio de hoje, sete dólares (vamos globalizar esse assunto!). Um marmitex, uma quentinha, sairia por R$ 7,00 ou quatro dólares, se eu quisesse mesmo economizar!
                              Para minha surpresa, meu saldo hoje é de apenas R$ 24,00. E não é somente esse valor porque eu já gastei algum. É o valor total do meu vale-alimentação do mês de Abril.
                              Ora, vejam só:
                              No mês de Abril de 2011 eu trabalhei  nesse emprego 11 dias, das 7 horas da manhã até as 12:20hs, hora da saída e do almoço. Hummmm… que fome!... Para comer o meu feijão com arroz e macarrão eu precisaria de pelo menos  R$ 121,00 depositados em minha conta. Isso deixando de lado um possível cafezinho, o refrigerante e o café da manhã, que nem estou contado, já que comi um pão com manteiga e café em casa mesmo, antes de vir trabalhar. (Como se isso também não devesse estar incluído…)
                              Ah… estava  falando da surpresa que tive: 

                              
Olhem só que fortuna! Vinte e quatro reais!
                              Se eu trabalhei 11 dias em abril, significa que recebi  R$ 2,18 (Dois reais e dezoito centavos) por dia! Não é o máximo???????
                              Ou será o mínino, do mínimo, do mínimo?
                              Acho mesmo que quando o mundo fica sabendo do IDH do Brasil e vê que está melhorando, não deve saber que os professores foram excluídos da pesquisa! Só pode ser, porque além do salário, que é o pior de todos os profissionais que cursaram  qualquer tipo de graduação, esse vale-alimentação indica que vivemos à margem da linha da pobreza.
                              Ou será que qualquer ser humano decente consegue alimentar-se com R$ 2,18 por dia?
                              -To com fome! Já que não dá para comprar nem o marmitex, nem comer no Restaurante do Zé, quero uma coxinha!
-Ih!…não dá! Custa pelo menos, R$ 2,40. Coxinha seca, sem suco nem refrigerante?        Coxinha com refrigerante custa R$ 4,40.
-Pão com mortadela?- R$ 3,50. Não dá!
-Cup qualquer coisa? Aquela sopa de copo? -R$ 2,98.  -E a água para fazer, pega de
onde? Da chuva, ou compra também? Se for comprar, custa R$ 1,00 a garrafinha de 500 ml.
                              É… Acho que se eu sentar na calçada lá da esquina e esperar um pouco, a fome passa.
            Depois, vou andando a pé para casa porque o vale-transporte  acabou no quarto dia do mês, mas essa é uma outra história que ainda vou contar.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Todos são iguais perante a lei?


Segundo a Constituição Federal, no seu 5° Art. “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, …”.
          A mesma Constituição, em seu  6° Art. diz que “São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, …”
           Dessa forma, inicio o meu repúdio às cotas, sejam elas quais forem: raciais ou sociais.
          De acordo com o  IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) existem oficialmente cinco classificações para a  cor da pele dos Brasileiros: branco, preto, pardo, amarelo e indígena. Na década de 90, o mesmo instituto realizou um estudo específico sobre o tema e registrou mais de cem tonalidades diferentes de cor e raça. Dessa forma, podemos dizer que o   conceito de cor da pele  possui significados diferentes dependendo do local em que se esteja e da pessoa que faz tal avaliação. 
      Não é possível, então, que um grupo determinado de pessoas reivindiquem para si tratamento diferenciado por possuírem essa ou aquela tonalidade diferente de pele.
        A Educação é oferecida a todos. Desde a Creche, o Maternal, o Ensino Fundamental, o Ensino Médio, promovido por diferentes escalões dos governos, estão à disposição de toda a população. Se são mal aproveitados, isso já é outro assunto. Se são mal administrados, é mais um assunto, mas que estão lá, isso estão!
        Da mesma forma, outros benefícios ou serviços, como os citados no texto do Art. 6° da Constituição  têm o mesmo oferecimento por parte do Estado ou Repartições Particulares.
            A qualquer momento,  em nome do favorecimento de alguma minoria, teremos cotas, filas, e “apartaheids” de todos os tipos e em todos os locais ou serviços.   Sendo assim, vejo-me no direito de exigir a minha parte nesse bolo: sou loira, portanto, minoria nesse nosso país miscigenado. Segundo piada corrente, sou “burra”.
            Ora! Ora! Quero então a minha parte:
          - Quero cota na Universidade, quero fila especial nos bancos, lojas, supermercados, açougues, cabeleireira, quero assentos nos coletivos, quero ser a primeira a ser chamada numa seleção de empregos!
            Ou não somos todos iguais perante a lei?

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Canudo na mão!





             Momento de festa, de realização, de mostrar ao mundo o resultado das suas conquistas diárias nos últimos anos que se passaram, o canudo na mão e ao alto é a prova de que o aluno conseguiu chegar ao pódio!
            Assim como a beca, que é o traje oficial de outorga de grau,  vai paramentada com uma faixa colorida,  que representa o curso em que o aluno está se formando, o canudo também é colorido e tem a mesma representação.

            Então cabe ao seu proprietário vibrar, alegrar-se, comemorar, sorrir, abraçar, festejar mesmo e não largar das mãos o símbolo da sua vitória!

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Educação vem do berço!


 Atualmente existem diversos perfis familiares que se diferenciam sobremaneira daqueles que conhecíamos anteriormente, chamados monogâmicos, tendo como membros o pai, a mãe e filhos. Antes desses, ainda, existiam outros, a saber: as famílias consanguíneas, as punaluanas, as de casal e as patriarcais.
Hoje, com a modernidade, com as mulheres assumindo também o papel de provedoras, com a liberdade maior para por fim a casamentos não desejados, com a permissão da legislação para a institucionalização de uniões homossexuais e conseqüente permissão para adoção, criou-se um novo tipo de família: aquela gerada pelo amor, pelo cuidado e pela convivência.
Essas famílias, tanto as mais tradicionais quanto as mais recentemente criadas são de fundamental importância na formação do indivíduo, tanto na parte emocional, quanto nas espiritual e física. É na família que são tomados os cuidados necessários para o pleno desenvolvimento do indivíduo, tanto que essa base pode ser comparada ao alicerce de uma construção. Sem o cuidado que uma família pode oferecer, o ser humano praticamente não resiste ou sofre sérias conseqüências pela sua falta.
É na família onde se recebe conhecimento do que é mundo, onde se aprende a linguagem verbal, corporal e emocional, onde se aprende a viver em sociedade. E  para se viver em sociedade é necessário que se estabeleçam os limites.
Os limites são primordiais,  pois promovem a condução do indivíduo por caminhos que lhe sejam favoráveis,  porém, parece aos pais ou educadores uma tarefa bastante árdua tanto o determinar quanto o fazer cumprir cada uma dessas limitações.
Muitos são os motivos alegados: falta de tempo e de paciência, falta de interesse e  incapacidade e por esse motivo, o que geramos sãos indivíduos hedonistas,  egocêntricos,  anti-sociais, desrespeitosos, intolerantes, apáticos, agressivos, descontrolados,  agravando-se até para distúrbios psiquiátricos,  e com certeza, não é o que desejamos. Ao contrário: desejamos seres humanos responsáveis e conscientes.
Para isso precisamos ensinar-lhes as regras do jogo. Com afeto, mas sem desviar-se do objetivo de mostrar-lhes quais são as regras de conduta.
O que eu não concordo é que essas regras sejam apresentadas aos indivíduos somente quando começam a freqüentar o ambiente escolar.
A imposição dos limites começa na casa de cada um, no seio de sua família, seja ela qual for ou de que forma esteja estruturada.
Os indivíduos hedonistas,  egocêntricos,  anti-sociais, desrespeitosos, intolerantes, apáticos, agressivos,  descontrolados e perturbados aos quais me referi são os que estão presentes hoje nas salas de aula, impondo-se, dominando, amedrontando, fazendo-se donos da verdade quando não o são. São esses indivíduos que enfrentamos  como educadores. São esses os indivíduos que a família está criando. A culpa não é da escola ou da educação. Eles já vem “apodrecidos” de sua própria casa. 
Nós, os educadores, não nos formamos, não nos preparamos para ensinar um indivíduo a comportar-se dentro da sociedade. Não nos formamos para resolver seus problemas. Não somos seus psicólogos, pais, mães, médicos ou enfermeiros. Não fomos preparados para lidar com agressividade, intolerância e desrespeito.
Fomos orientados a sermos “ensinadores”,  transmissores de conhecimento,  cada um em sua área, portanto o papel de “pais” de uma geração adoecida não nos cabe.

          Não somos tutores desses desregrados sem limites  que servem apenas para colaborar com o péssimo andamento do que chamamos de Educação Brasileira e para atrapalhar e incomodar as “boas sementes”  que nos caem nas mãos – crianças que germinam, nascem, crescem e produzem cultura, afinal, segundo antigo jargão, “educação vem do berço!”

quinta-feira, 7 de abril de 2011

História da Flauta Doce

          A flauta é um dos instrumentos musicais mais antigos que conhecemos por isso não é possível determinar quem foi seu criador. O que se sabe é que arqueólogos encontraram  instrumentos feitos a partir de ossos de mamute em cavernas no sul da Alemanha.
          Esse instrumento esteve presente nas civilizações egípcias e hebréias e era utilizada em festas, rituais religiosos e outras ocasiões especiais. Ela vem acompanhando a história da música em diversos países da Europa, Ásia e América Central.
          No século XVII, esse instrumento era usado pelos camponeses, como passatempo. Já no século XVIII, a flauta teve um papel magnífico na igreja, nos grandes palácios, nas fazendas, nos sobrados e nas vilas próximas às cidades quando era utilizada em solenidades festivas.
         A flauta doce sobreviveu até meados do século XVIII como um instrumento profissional, tendo perdido espaço a partir do século XIX para a flauta transversal quando ficou totalmente esquecida. Somente no final do século XIX ou começo do século XX é que alguns músicos começaram a ter contato com este instrumento novamente, através de pesquisa de músicas antigas e através de literaturas musicais existentes em museus.
          Hoje é um instrumento amplamente divulgado e bastante utilizado para apresentações individuais, em grupo, em músicas folclóricas ou eruditas, por adultos ou crianças. 

Formatura!

           
            A colação de grau é um ato obrigatório, determinada pelo Parecer 783 da Comissão de Ensino Superior,  para a emissão e registro do diploma e não pode ser dispensada de forma alguma, seja lá qual for a alegação. Pode ser realizado de forma simples, nas dependências da Universidade, por alguém credenciado para este fim.
            Dado ao valor imposto pela sociedade no que tange à finalização de um curso universitário, foi-se ao longo do tempo, instituindo-se cerimônias que demonstravam a importância que havia na finalização de uma graduação. O dia da formatura é considerado um marco para qualquer pessoa. É  uma cerimônia que representa o fim de uma etapa geralmente marcada por muitas dificuldades no campo financeiro, intelectual e  emocional. Além desse aspecto, há as projeções do formando e de seus familiares e a possibilidade de um novo status social.
            Por  esses e outros motivos, o sonho de participar de uma cerimônia dessas, com toda pompa que lhe cabe, é o desejo da maioria dos alunos formandos. Para a realização do sonho, move-se todo um sistema e gera-se uma economia própria, baseada na lei básica da oferta e procura.
            Muitos são os símbolos utilizados nesta cerimônia: canudos, becas, anéis e  capêlos. Além dos símbolos, para sua realização são contratados inúmeros serviços - confecção de convites, decoração, bifê, banda, sistemas de som e de  iluminação e  reportagens fotográfica e cinematográfica.
            Empresas são criadas e pessoas  são contratadas. Um mundo é movido. Tudo e tão somente para a realização de um “SONHO”!

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Como cultivar o kefir.

            Para cultivar o kefir utiliza-se apenas dois ingredientes: leite e grãos de kefir. A proporção aproximada é de cerca de uma colher de sopa de kefir para cada meio litro de leite. O kefir deverá ser  colocado junto com o leite para promover um certo tipo de fermentação, já que ele alimenta-se de lactose. O leite pode ser integral ou desnatado, longa vida ou fresco. No o caso do leite fresco, ele deve ser fervido e resfriado à temperatura ambiente antes de ser utilizado. O recipiente onde eles ficarão pode ser de vidro, cerâmica ou plástico. Não utilize recipientes metálicos pois podem reagir com o kefir e por tudo a perder.
            Junte o kefir ao leite e aguarde cerca de 12 horas a uma temperatura aproximada de 25 C°. Não feche hermeticamente. Essa mistura precisa “respirar”. Tampe com uma gase ou peneira de plástico. Após esse período, coe o leite em uma peneira. Você irá obter uma espécie de “coalhada” levemente ácida.  Esta é a bebida que você irá consumir. Ela poderá ser adoçada com açúcar, mel, adoçante dietético,  misturada a frutas, cereais, gelatina, compotas, caldas,  como você preferir. Essa bebida pura, sem misturas ainda, pode ser conservada na geladeira por até três dias  mas o ideal é fazer e consumir diariamente, tornando isso um hábito saudável. Já a colônia, não deve ser colocada na geladeira.
            O kefir que ficou na peneira deve ser colocado novamente para reagir com o leite. Proceda a limpeza do recipiente, junte o kefir ao leite e aguarde outras 12 horas ou mais, conforme o seu paladar. Algumas pessoas enxáguam o kefir antes de utilizá-lo novamente. Não é totalmente necessário. Isso pode ser feito cerca de uma vez por semana ou quando os grãos se tornarem meio “limbosos”, e sempre com água mineral,  já que o cloro é totalmente nocivo à colônia.
            Essa “receita”, tem certas “medidas”: quantidade de kefir, quantidade de de leite e tempo de preparo. A verdade é que isso é somente um exemplo. Como o kefir é um organismo vivo, com o tempo cada cultivador chega à sua receita ideal que é determinada por alguns fatores,  tais como: quantidade de grãos, quantidade de leite, tempo de preparo, temperatura e paladar.
            A proporção é a seguinte: quanto mais grãos de kefir  numa determinada quantidade de leite, mais ácida a bebida se tornará. Quanto mais tempo durar a fermentação, mais ácida a bebida se tornará. Portanto, cada cultivador deve “estudar” a sua colônia, o seu gosto e adequar a sua produção.
            Há épocas, confesso, que a gente enjoa. Enjoa do sabor, enjoa de cuidar, ou às vezes, não dá tempo mesmo! Se isso acontecer, para não correr o risco de perder a sua cultura, congele os grãos da seguinte forma: após coar o leite, lave bem os grãos em água mineral. Escorra, seque-os bem em papel absorvente. Envolva-os em leite em pó, separe em pequenas porções, embale em papel filme e leve-os ao freezer por até dois anos. 

Kefir, afinal, o que é isso?


Kefir é uma conjunto de alguns microrganismos formado por lactobacilos e leveduras com a aparência de pequenos grãos aptos a fermentar diversos substratos – sendo o leite historicamente, o mais comum deles, transformando-o em uma bebida probiótica, que significa “a favor da vida”. Os grãos variam de tamanho, (entre 3mm e 30 mm ou até mais) e em textura plástica, opaca ou ligeiramente transparente. Sua coloração pode ser  branca ou amarelada. É conhecido por trazer ao organismo humano diversos benefícios, o que é relatado em vários estudos científicos por todo mundo. A ingestão diária de 1 litro de kefir tem efeito comprovado no auxílio do tratamento de ansiedade, insônia, síndrome de fadiga crônica, problemas respiratórios, cardiovasculares, intestinais (diarréias, intestino preguiçoso ou preso, hemorróidas), renais e icterícia, vesícula, escleroses, reumatismo, L.E.R, tumores, disfunções hepáticas, doenças do estômag, gastrite, úlceras, regulariza a digestão  anemia, leucemia,  dermatites, eczemas, lúpus, cândida, psoríase, herpes, excesso de peso, etc.

O Kefir foi descoberto pelo mundo ocidental no início do século XX. Sua origem data de cerca de 4000 anos na região do Cáucaso, onde hoje fica a Turquia, Azerbaijão, Geórgia e Rússia. Era utilizado e distribuído somente por tribos muçulmanas e era chamado de “jóia de Alá”. Em 1908, a Sociedade de Médicos Russa ficou sabendo das propriedades medicinais do kefir e tentou conseguir alguns desses grãos milagrosos. Como não conseguiram, montaram um “complô”: enviaram  Irina Sakarova , funcionária de Vladimir Blandov, dono de um laticínio, até a região do Cáucaso para seduzir o príncipe  muçulmano Bek-Mirza Barchorov  e conseguir os grãos de kefir. O príncipe apaixonou-se por ela mas negou-se a dar-lhe os grãos com medo de quebrar sua antiga tradição. Percebendo que o plano falhara, Irina fugiu. Porém foi recapturada pela guarda do príncipe que realmente desejava casar-se com ela.
Vladimir Blandov preparou então uma missão de resgate na qual o príncipe muçulmano foi preso e levado ao czar russo. Para ser solto, exigiram dele o pagamento de uma “fiança”: cerca de 4,5 kg de kefir a serem pagos diretamente a Irina que os distribuiu à população russa em setembro daquele mesmo ano.

Para mim, o kefir é um velho conhecido. Desde criança, tenho contato com os famosos grãos de kefir. Eu os conheci através dos meus avós que obtiveram os grãos em uma doação feita por alguns amigos que estiveram na Rússia, o país de origem deles e dos seus amigos.
Houve épocas que os tive, que os perdi, que eles morreram (sim, eles morrem!), que ganhei outros, que joguei fora, que fiquei com raiva, que desisti, que enjoei, que os congelei, que gostei, que parei com tudo, mas a verdade é que quem já teve kefir alguma vez na vida não consegue mais viver sem ele e sabe reconhecer os benefícios por ele causados, nem que seja somente ao paladar!

Nasceu o meu blog!

Um blog não nasce do nada, essa é a verdade!
Nasce do desejo de expressar-se,
ou quem sabe, de calar-se falando,
mostrando a cara, dando-a a tapas e...
vivendo!
Ideias,
sentimentos,
verdades,
estudos,
conhecimento,
pesquisas,
curiosidades,
saber-fazer,
história
e estórias.
Pronto!
É assim:
-Nasceu o meu blog!